SEMENTES ESTELARES

terça-feira, 8 de março de 2016

O DESPERTO E A BOLHA TEMPORAL


O DESPERTO E A BOLHA TEMPORAL



A pergunta se repete:


Como pode tudo continuar do mesmo jeito? Como podem os médiuns continuarem incorporando, os “trabalhadores da luz” continuarem batalhando contra as sombras e tudo mais tão característico da dualidade ainda acontecer, quando a transição planetária implica num fim pra tudo isso?

Como pode, cada vez mais intranquilidade e medo refletirem tão intensamente nas mídias e a desconfiança de que um poder oculto governa nossa sociedade com seus interesses escusos ser algo tão palpável, até para aqueles que nunca desconfiaram? Como pode?

A transição já ocorreu.

É uma percepção clara para aqueles mais sensíveis e atentos às manifestações espirituais ou transcendentais à realidade material cotidiana. É também o maior desafio que esses mesmos têm que enfrentar pois, são os mais capazes de, a curto prazo, superarem a ilusão das bolhas temporais.
O que é a bolha temporal?

A Terra, ou a consciência planetária, se encontra, desde o despertar da kundalini do planeta, totalmente estabelecida na 5a dimensão, tendo sido esse o último estágio de um processo que se iniciou há milênios.

O primeiro desafio no estabelecimento da percepção pentadimensional para os seres conscientes do planeta é a dissolução das bolhas temporais.

Imagine-se observando o planeta de fora do tempo…

Perceba que o planeta deixa de ser uma esfera vagando no espaço e passa a ser uma linha, um feixe de luz azul percorrendo o espaço, sendo cada ponto dessa linha um momento temporal diferente existente a todo o momento, no agora.

Cada um dos seres existentes no planeta estão, consciente ou inconscientemente, observando essa linha. A percepção da realidade está atrelada unicamente a que ponto do feixe de luz azul sua consciência se conecta, seja em nível individual ou coletivo.

Isso faz com que o agora seja percebido como individualidades ou coletividades experimentando a realidade através de seus apegos temporais. Esses apegos são como bolhas ou cápsulas, compostas basicamente de energia emocional, que transforma a realidade experimentada em uma manifestação temporal do momento emocional a que ele se conecta e, consequentemente, a tudo que aquilo representa, manifestando, no agora, uma percepção passada assim como uma expectativa futura.

Olhe ao redor e isso ficará mais claro.

Socialmente, vemos vários exemplos de pessoas cegas aos abusos governamentais por apego emocional a uma ideologia, enquanto outros, querem instituir a retomada de um passado de ditadura que, comprovadamente, foi desumano. Constantemente vemos o slogan “retornar à glória do passado, ou aos bons tempos” assim como “construir o país do futuro”. Apelos emocionais incompatíveis com a consciência planetária no agora.

Vemos os amantes de suas crenças religiosas esperarem ansiosamente pelo iminente cumprimento de suas ancestrais profecias apocalípticas e por uma intervenção de tão benevolente divindade, que exterminaria os impuros e salvaria os fiéis.

Vemos espiritualistas de todos as vertentes, certos de que chegou o momento em que todos vão finalmente perceber que tudo que sempre acreditaram e pregaram em suas várias vidas é o correto, incapazes de se desapegarem do passado e vivendo até o último instante suas rotinas terapêuticas, mediúnicas ou qualquer uma das milhares de formas possíveis de conexão com um deus ou um mensageiro que seja externo a ele. Enquanto isso, os deuses e messias, habitantes da linha temporal, pacientemente aguardam que seu discípulos e seguidores compreendam que o que ele foi ou será não mais importa e sim o que todos são, no agora.

Tal é o tamanho da responsabilidade do desperto: praticar efetivamente o tão aclamado desapego. Desapego daquilo que lhe é mais caro, seu passado, suas expectativas, tudo o que foi ou o que será, tudo que existe no mundo da ilusão.

E quando tal prática for plena, a bolha se desfará e o desperto, pela primeira vez, vislumbrará a manifestação perfeita de sua existência no único lugar possível de verdadeiramente existir, o agora.

Luz!

Gustavo Andriewiski

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